Parece que também há modas com os autores; ou se não são modas, são qualquer coisa que atira alguns para o esquecimento (?). Como estudante, ainda naquele 5.º ano “dividido” em secção de letras e de ciências, havia um autor português, cujas obras principais eram assim memorizadas: os Emigrantes d’A Selva dão A Volta ao Mundo. E acrescentava-se outro título porque havia textos na própria Selecta de Português: A Lã e A Neve. Claro, refiro-me a Ferreira de Castro, um autor que parece arredado e esquecido, apesar de sua vasta produção literária. Recentemente terminei a leitura daquela que vi referenciada como a sua última obra: O Instinto Supremo. E ao lê-la revi e tentei estabelecer o paralelismo possível com um dos filmes que, por dever profissional, mais tenho visto: A Missão de Roland Joffé. Épocas diferentes, homens já sul-americanos, apenas a «expansão da civilização» explicitada na frase: “Morrer se necessário for; matar, nunca!” na política de Cândido Rondon. É o esforço de aproximação – o título de Ferreira de Castro não é História, antes um romance – que contrasta com a mortandade com que termina o filme em nome da cobiça dos homens.
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