sexta-feira, 14 de agosto de 2009

LIVROS DE SEMPRE E PARA SEMPRE


Desta lista, já li muitos. Quantos me faltam? Também muitos!
E quais os escritores portugueses representados?


Já leu algum destes livros?
(Expresso) 2009.Julho.04


A "Newsweek" fez uma lista com os cem melhores livros de sempre
Começámos por seleccionar 10 listas diferentes dos melhores li­vros que julgamos representar uma mistura ecléctica dos gos­tos dos leitores e não apenas uma lista limitada dos Grandes Livros do Mundo Ocidental. Pa­ra ser considerada, a lista tinha que ser de livros escritos em in­glês ou traduzidos para inglês. As listas que seleccionámos vão desde as muito eruditas (a do St. John's College) às muito mais acessíveis (o Clube de Livros de Oprah e os livros mais vendidos da Wikipédia).
Algumas apresentavam ape­nas romances, enquanto outras incluíam uma mistura de ficção e não ficção. Umas continham apenas obras do século XX e ou­tras iam até aos primórdios da civilização ocidental. O nosso ob­jectivo foi o de tomar em consi­deração um conjunto de facto­res – incluindo o impacto do li­vro na história, a sua contribui­ção intelectual para a nossa cul­tura, a sua relevância actual e popularidade continuada. Não pretendeu ser uma lista abran­gente dos melhores livros de sempre, mas antes um reflexo das paixões e apreciações de lei­tores e críticos inteligentes do nosso tempo.
A lista completa das 10 listas anteriormente publicadas em que nos baseámos inclui 110 me­lhores livros/ A Biblioteca Perfei­ta do "The Telegraph", 100 me­lhores livros do "The Guar­dian", Clube de Leitura da Oprah, a lista de leitura do St. John's College, a lista dos livros mais vendidos de sempre da Wi­kipédia, os livros do século da New York Public Library, a lista dos 100 melhores romances do século XX do Radcliffe Publi­shing Course, os 100 melhores romances e as 100 melhores obras de ensaio da Modero Li­brary. Os 100 melhores roman­ces em língua inglesa desde 1923 até ao presente, da "Ti­me", e a lista da "Newsweek" das suas 50 escolhas actuais.
Depois de todas as listas se­rem seleccionadas e de todos os títulos serem introduzidos nu­ma base de dados, criámos um sistema de ponderação para que cada título individual fosse pontuado igualmente, quer vies­se de uma lista grande ou de uma lista pequena, de uma lista de ficção ou de géneros mistos, ou de uma lista que incluísse apenas livros escritos no século XX ou títulos de um passado mais remoto. A ponderação ajustou estas diferenças indivi­duais entre listas. No resultado final, o livro com maior pontua­ção combinada é o n.º 1 da lista, o segundo é o n.º 2 e por aí adiante até ao fim da lista. No caso de empate – e houve mui­tos – desempatámos atribuin­do o valor mais alto ao livro que obteve maior número de resul­tados no Google, numa busca por autor e título.
Na nossa metaclassificação, anotamos que livros foram reco­mendados em que lista ou listas. Se clicarmos em cada uma das listas, veremos em que lugar ca­da livro aparece na respectiva lis­ta (embora em algumas dessas listas os livros estivessem classi­ficados e ordenados e noutras não, o que foi tomado em conta ao atribuirmos uma classifica­ção a cada livro).
Peter W. Bernstein, AnnaIyn Swan (ASAP Media)
Análise estatística: Courtney Kennedy Investigação: Emmelyn Stevens

ESQUECIDOS
Os dez livros que faltam

As listas dos 'melhores' livros de sempre são como as sondagens: valem o que valem. No top-100 da "Newsweek", à subjectivida­de que qualquer escolha deste ti­po sempre acarreta, juntam-se dois factores que lhe limitam o alcance e a utilidade: a despro­porção de referências literárias anglófonas (81% dos títulos), que remete o resto do mundo a uma injustíssima quase inexistência, e o facto de alguns autores esta­rem representados por dois ou três livros. Para um europeu é in­compreensível que estejam ausentes nomes como os de Ca­mões, Cervantes, Balzac, Eça de Queirós, Oscar Wilde, Pirandel­lo, Pessoa, Camus, Beckett, Italo Calvino, Yasunari Kawabata, Elias Canetti, Julio Cortázar, J. M. Coetzee, Orhan Pamuk, por tro­ca com autores menores como W. E. B. Du Bois, Ken Kesey, Ja­mes Baldwin, E. B. White ou WiI­Ia Cather. Entre as grandes obras que esta lista ignora, con­tam-se estas dez:
ORLANDO FURIOSO, Ludovico Ariosto, 1516
OS LUSÍADAS, Luís Vaz de Camões, 1572
DOM QUIXOTE, Miguel de Cervantes, 1605-1615
TRISTRAM SHANDY, Laurence Sterne, 1759-1767
CRIME E CASTIGO, Dostoiévski, 1866
CONTOS, Tcheckov
A MONTANHA MÁGICA, Thomas Mann, 1924
O HOMEM SEM QUALIDADES, Robert Musil, 1943
FICÇÕES, Jorge Luis Borges, 1944
O QUARTETO DE ALEXANDRIA, Lawrence Durrell, 1960

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